Resenha O Plano Real No Governo Lula

Resenha: O Plano Real no governo Lula: radicalizando o modelo (2003-2006), capítulo III.
OLIVEIRA, Fabrício Augusto de. Política Econômica, Estagnação e Crise Mundial: Brasil, 1980-2010. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2012.

O presente texto é a resenha do terceiro capítulo do livro Política Econômica, Estagnação e Crise Mundial, intitulado: O Plano Real no Governo Lula: radicalizando o modelo (2003-2006), de Fabrício de Oliveira, edição 2012. Essa parte do livro trata essencialmente sobre a gestão política do primeiro mandato do Governo Lula. O texto se mostra bastante sofisticado, possuindo uma especificidade, a concomitância entre uma narrativa descritiva e crítica. Explanada com bastante propriedade, a análise dos dados estatísticos defende um crescimento econômico relativamente pífio, sofreada principalmente, pela manutenção das políticas ortodoxas, herança do governo FHC.
O capítulo se subdivide em cinco partes, a primeira: A adesão à ortodoxia e ao modelo econômico do real, a segunda: A economia mundial: ventos favoráveis de 2003 a 2006, a quarta: A marcha da economia e da política econômica: 2003-2006, a terceira: Os resultados de 2003: iniciando a redução da vulnerabilidade externa em meio a uma recessão interna e a quinta e última parte: 2004-2006: bonança mundial, crescimento e redução da vulnerabilidade externa em meio a escândalos políticos. Oliveira (2012) começa descrevendo as diferentes formações de Fernando Henrique Cardoso e Lula, o primeiro frequentou uma das melhores universidades do país e dela se tornou professor, enquanto o segundo saiu das fileiras do sindicalismo paulista. Neste mesmo enredo, descreve as divergências ideológicas dos dois partidos, na qual os dois estavam inseridos- PSDB e PT. De acordo com o autor, essa diferença – que traria uma mudança brusca do programa econômico- seria umas das causas das sucessivas derrotas do PT, representado pelo candidato Lula. Então, ao tomar a decisão de concorrer pela quarta vez em 2002,