resenha a letra escarlate segundo durkheim

O filme A Letra Escarlate conta com sua trama envolta na Sra Hester Prynne. Ela é uma mulher que no filme mostra ter uma consciência individual moderna em relação à consciência coletiva de sua época, o que fica evidente desde as cenas iniciais do filme quando migra para a comunidade de Massachussetts anteriormente ao seu marido e com a intenção de ir providenciando as instalações para o casal.
Os vínculos da época que uniam os membros do grupo entre si, eram alternados entre solidariedade mecânica e orgânica, isto por que, é bastante predominante a presença de “um conjunto mais ou menos organizado de crenças e sentimentos comuns a todos os membros do grupo”, como o modo que as atitudes de Hester chocam a todos, atraindo olhares até nos primeiros momentos em que ela circula sozinha na hora de fazer suas compras, ou nos momentos em que ela argumentava com qualquer um sobre assuntos que apenas homens conheciam, algo que era uma atitude ousada, e provavelmente por este motivo ela tivesse sido assediada duas vezes durante o filme. Todavia também há uma divisão social do trabalho, característica que marca a solidariedade orgânica, visto que ela é esposa do futuro médico da comunidade, é conhecida pelas autoridades locais, e de maneira imprevista ela acaba se apaixonando pelo reverendo Arthur Dimmesdale.

A sociedade estava constituída em uma estrutura em que a religião puritana e as regras jurídicas estavam entrelaçadas, motivo este que levou o reverendo e Hester à conterem seus desejos, pois, sendo Sra. Prynne uma mulher casada, a moral religiosa nos trás que é pecado a cônjuge ter um relacionamento extramatrimonial. Segundo Durkheim a força moral contra a qual é insurgida reage contra nós e é difícil, em virtude de sua superioridade, que não sejamos vencidos, e quem se aventura a não atender a uma convenção mundana, a resistir a uma lei, a violar uma regra moral enfrentará uma série de obstáculos a serem enfrentados, tropeçando com os demais membros da sociedade