Resenha sobre o texto “Velhos são os Trapos”: do positivismo clássico à nova era

Rio de Janeiro, 15/07/2014
Universidade Federal Fluminense – TCS I
Aluna: Luíza de Pinho Coelho
Resenha sobre o texto “Velhos são os Trapos”: do positivismo clássico à nova era de Carlos António Laranjeira

VISÕES E CONCEPÇÕES SOBRE O ENVELHECIMENTO O autor aborda o tema envelhecimento sob diferentes perspectivas, analisando essa fase da vida em dois níveis distintos. No nível social, a velhice e o envelhecimento são objeto de comparação entre sociedades de diferentes épocas. A “idade de ouro”, por exemplo, característica da sociedade de alguns anos atrás, já não é a mesma. Os idosos que antes eram respeitados e vistos como sábios e úteis são cada vez mais isolados do convívio social. Muitos fatores são citados como causa das drásticas mudanças no papel do idoso em sociedade. Uma delas é a mudança nos modelos de família, os quais atualmente não possuem pessoas mais velhas como “chefes”. Outra mudança importante foi a industrialização, que consolidou a “mais-valia”, a qual depende da força física desempenhada pelo trabalhador, força que decresce ao se envelhecer. Com o declínio da produtividade, a pessoa tende a ser desvalorizada, sobretudo no momento da aposentadoria. É, portanto, uma fase de dependência. Uma fase marcada pela fragilidade, pelo aparecimento de doenças. Doenças as quais, segundo o texto, agravam uma prática cada vez mais frequente que é a “medicalização” das situações fisiológicas, da vida cotidiana. Essa medicalização é estimulada pela indústria farmacêutica e acaba por acentuar a visão da fraqueza do idoso. Tal visão acarreta, portanto, a infantilização do mesmo. Outra consequência da diversidade social que rege as relações com os idosos são os casos de violência. Idosos de diferentes meios, classes e realidades sociais sofrem com essa realidade. Segundo autores citados no texto, o que rege essa questão da violência, que afeta a qualidade de vida, são mais as relações sociais e menos as questões relacionadas ao