Resenha sobre o capítulo um (O Lugar e a Produção na Economia Global) do Livro “As Cidades na Economia Mundial” de Sakia Sassen.

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Resenha sobre o capítulo um (O Lugar e a Produção na Economia Global) do Livro “As Cidades na Economia Mundial” de Sakia Sassen.

Sakia Sassen é uma socióloga holandesa, estudiosa sobre a globalização e sobre o estudo das cidades, leciona na Universidade de Chicago, ficou muito conhecida por ter lançado o termo “Cidade Global” (Sassen, 1991) ao se referir a metrópoles com grande e direta influencia na economia mundial.
Em seu livro “As Cidades na Economia Mundial” (Sassen, 1998) mostra, logo no prefácio, que não se pode analisar a cidade como se analisava antes e que a abordagem necessária não é apenas a urbana ou apenas a sociológica, evocando dois autores Abu-Lughod e Manuel Castells, para se embasar na idéia da utilização dessas duas vertentes de estudo para a cidade.
Ela mostra que muitos analistas declararam o “fim das cidades”, ou seja o seu papel na economia global tornar-se-iam obsoletos dado o avanço das telecomunicações e a ascendência das industrias da informação. Em uma análise superficial isso pode fazer sentido já que as informações podem percorrer o globo em tempo real sugerindo que o lugar não tem mais tanta importância.
Entretanto essas novas tecnologias de transmissão de dados geram outra forma de centralização territorial já que as industrias de informação precisam de locais centrais e de uma hiperestrutura para fazer seu trabalho.
Segundo Sassen, a densidade de empresas firmadas nas principais cidades sobe em contrapartida ao que se esperava desse novo padrão de industria de informação, já que o custo de manutenção é maior.
Ela critica o conceito de economia global se entranhou na midia e na política de forma errada dando ênfase a penas às dimensões de informação sem levar em consideração a espacialidade da globalização.
A geografia global sofreu muitas alterações nos últimos vinte anos com esse padrão de globalização, a mobilidade do capital principalmente no nível transnacional, gera a possibilidade de articulação das transações

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