Resenha MURILO KASPAR HAUSER

UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Psicologia
Psicologia Social

Luana Cristina G. Fonseca
Raine Mendes Rios

ARARAQUARA
2014
Resenha do filme “O enigma de Kaspar Hauser”
Kasper Hauser foi criado sem qualquer contato social, ele vivia preso em um calabouço, desconhecia a fala, desconhecia praticamente tudo. Ele disse que “não pensava em nada no cativeiro”, então é possível perceber a partir dessa fala que ele não tinha uma representação cognitiva do mundo, ele não tinha visão de mundo, por isso não refletia e nem sonhava.
O comportamento está relacionado com o que se pensa que deve fazer, e com o que gostaria de fazer, é tudo questão de normas sociais, ou seja, a atitude depende do componente cognitivo, afetivo e comportamental. Hauser não foi modelado pela cultura, não tinha passado pelo processo de socialização, sendo assim suas atitudes e pensamentos a respeito das coisas eram diferentes, fora do padrão.
Quando ele começa a socializar é interessante notar que ele tenta fazer com que as pessoas gostem do que ele é e não só da história de vida dele. Após o processo de socialização é possível notar os componentes da atitude, já que ele começa a demonstrar o que pensa, e o que sente.
A teoria da consistência demonstra que os componentes cognitivos, afetivos e comportamentais das atitudes são congruentes entre si, partindo desse pensamento é possível relacionar ao episodio de Hauser saindo apressadamente da igreja, para ele não faz sentido estar naquele lugar onde a música não lhe agrada, e nem os gritos do pastor.
Mesmo depois de ter aprendido a se expressar através da linguagem, Hauser demonstra dificuldade em atribuir significado as coisas. A partir de novas experiências como: falar, ir à igreja, a uma festa, é possível perceber que ele começa a ter mais questionamentos e observações sobre o mundo reforçando a importância da pratica social e cultural, pois através delas é que se o sujeito consegue ter noção de si mesmo