Resenha Gattaca

O filme retrata a sociedade em um futuro geneticamente e tecnologicamente evoluído. Em que a visão determinista genética passa a valorizar excessivamente a importância dos genes em nossas vidas. Essa nova visão objetiva principalmente na ‘produção’ de seres humanos perfeitos, desvalorizando a lei natural da reprodução humana, onde considera-se ‘válidos’ os filhos da ciência e ‘inválidos’ os chamados filhos de Deus, ou seja, aqueles que são submetidos às impurezas genéticas.Havia uma diferença de importância entre essas duas classes, àqueles que eram considerados ‘válidos’, trabalhavam em cargos superiores, possuíam empregos de alto valor, já os que eram ‘inválidos’ ficavam com os piores empregos e viviam em condições marginalizadas. Para diferenciá-los fazia-se apenas alguns exames de urina e a partir do resultado encontrado dizia-se quem era ‘perfeito’ e quem era ‘imperfeito’ colocando-os em seus devidos lugares por direito. O currículo estava nas células, eram elas que diziam qual era o fardo de perfeição, se o personagem era ‘válido’ ou inválido’. Há um outro momento do filme que é possível observar esse preconceito genético, onde um cadeirante é avaliado e por surpresa do guarda ele é considerado válido, e por consequência disso ocorre uma pequena discussão entre eles. Nesses casos fica evidente a busca demasiada pela perfeita combinação genética. Toda essa eugenia ("bem nascido", foi uma ciência que visava a melhoria da raça humana.) pode ser comparada ao Nazismo Alemão onde foi uma política adotada por eles que posicionou no centro dos interesses do governo a melhoria da raça ariana através da eugenia. Os alvos foram os indivíduos marcados como ' indignos de viver' como criminosos, degenerados, dissidentes deficientes mentais, homossexuais vadios insanos e fracos, que deveriam ser eliminados da cadeia de hereditariedade.
São questões polêmicas como essa abordada no filme que nos faz pensar se realmente vale a pena todo esse investimento no melhoramento