Resenha - foucault, michel. a política da saúde no século xviii. em: microfísica do poder (1979) – capítulo xiii. 23ª edição – editora graal
O autor aborda um assunto relacionado à saúde privada e à saúde coletiva. Sobre o século XVIII, onde a importância com a sobrevivência e o bem-estar da população, não somente de elite, mas também da população sem condições (ou pobres), começou a tomar frente às discussões e preocupações políticas. Foucault deixa bem claro ao leitor que no século anterior (séc. XVII) alguém raramente se preocupava com a comunidade como um todo, mas sim, demonstravam grande atenção à saúde dos mais favorecidos na sociedade. Enquanto que os pobres, assistidos na maioria das vezes somente em caso de extrema urgência, como epidemia, eram considerados (como às vezes ainda são até hoje por algumas pessoas) indigentes.
De acordo com a história pode-se notar que o século XVIII foi um dos mais importantes de toda a história da humanidade. Foi o século da Revolução Industrial. Observando o contexto, é possível afirmar que todo esse cuidado seja somente por precisar produzir mais, contando com trabalhadores saudáveis. “Uma análise da ociosidade – de suas condições e seus efeitos – tende a substituir um tanto global do “pobre”. Análise que na prática tem por objetivo, na melhor das hipóteses, tornar a pobreza útil, fixando-a ao aparelho de produção; e, na pior, aliviar o mais possível peso para o resto da sociedade: como fazer trabalhar os pobres “válidos”, como transformá-los em mão-de-obra útil; (...)”.
Segundo Foucault, o investimento da saúde foi direcionada para a questão de bem-estar físico, saúde perfeita e longevidade. Começou a trabalhar-se a relação entre pais e filhos, para que as crianças crescessem mais saudáveis e o cuidado da higiene, que sempre foi e sempre será algo que precisará de cuidados humanos. Na questão da higiene, era trabalho dos médicos ensinar uma família cuidados básicos. O médico, então, se torna o grande conselheiro e