Resenha Do Texto

Resenha do texto “O “regionalismo aberto” da CEPAL e a inserção da América Latina na globalização”, Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 27, n. 1, p. 135-152, maio 2006, escrito por Gentil Corazza com a colaboração de Ana Paula Ebeling.
As teorias cepalinas

A CEPAL tem como objetivo pensar o problema do subdesenvolvimento latino-americano, analisando a inserção internacional da América Latina, criando ideias para a integração regional, mostrando hipóteses de atuação estatais para a realização de mudanças. O texto aborda as variadas teorias sobre o desenvolvimento na América Latina e de como foram evoluindo as teorias, mostrando que o problema do subdesenvolvimento não se trava apenas de uma instancia econômica. A primeira teoria trazida no texto é o esquema de centro-periferia, trazendo como principio a crítica à teoria neoclássica do comercio internacional, mostrando que as relações econômicas entre países desenvolvidos do centro e os países subdesenvolvidos da periferia são propensas a aumentar as condições de subdesenvolvimento. Como solução ao problema, a CEPAL procura promover uma economia voltada para o exterior trazendo um crescimento para as indústrias internas. A segunda teoria trazida é a teoria da dependência, que vinculava o crescimento interno com o comportamento das classes sociais; consistia em mostrar uma relação entre a dependência externa com elos internos, formados pela classe dominante, que apoiava os interesses dos países centrais. Com a teoria da dependência houve uma mudança na inserção internacional da América Latina e a própria concepção de desenvolvimento, pois agora, existia uma relação entre dependência e desenvolvimento. Desde Simon Bolivar já existia um pensamento de integração política e econômica para defender interesses comuns a países latino-americanos em relação aos demais. Com a criação da CEPAL começou-se a estimular a integração dessas nações latino-americanas de forma concreta. Como dito no