resenha do filme " A classe Operaria vai ao Paraíso"

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS.
GOIÂNIA, 10 DE MAIO DE 2013
COMUNICAÇÃO SOCIAL – RELAÇÕES PÚBLICAS
PISCOLOGIA ORGANIZACIONAL

O filme do diretor Elio Petri “A Classe Operária vai ao Paraíso” de 1971, fala sobre as relações de trabalho no capitalismo. Lulu (Gian Maria Volonté), é um típico operário-padrão que trabalha em uma fábrica de peças, a BAN, sem questionar as condições em que está. Lulu só muda e passa a questionar seu comportamento após perder um dedo no maquinário da fabrica.
Pode ser visto que o filme trata do modelo Taylorista-Fordista, já que mostra a tentativa de organização e de implementação de métodos de trabalho, os quais visam a alta produtividade, sem levar em conta os efeitos para o trabalhador. Sendo assim, este é puramente um ser mecanizado e rotinizado, que não se reconhece no que faz (PADRILHA & NAVARRO, 2007). Lulu e seus companheiros fazem parte de uma linha de produção em série que trabalha com tempos e movimentos cronometrados que impedem qualquer momento de pausa, já que significaria perda de lucro para o capitalista. O responsável pelo padrão de tempo na confecção das peças é nivelado pelo melhor operário, que no caso é o Lulu. Não há uma preocupação com a saúde dos funcionários, como pode ser visto no caso do operário com problemas de próstata que tomou uma advertência por trabalhar sentado, o argumento utilizado pelo cronometrista é que em pé ele produziria mais peças. Outra evidência do modelo em questão que é encontrada no filme é a forma como as máquinas são tratadas, elas são vistas com maior importância do que o homem, como na cena em que os alto-falantes da fábrica dizem que as máquinas que vão ser manuseadas, devem ser tratadas com amor. Marx discute a relação do trabalhador com os meios de produção capitalista mostrando as consequências da desconexão entre o trabalho – realizado como trabalho forçado a serviço do dono do capital – e a realidade humana do trabalhador. A análise que Marcuse (1998)