Resenha do capitulo 2 do livro
A respeito do capítulo; Marcha acelerada (1930-1964), o autor Carvalho disserta sobre os rumos da cidadania trilhando sobre os anos de Getúlio Vargas (1930) até o Golpe Militar (1964). A partir desta data houve uma aceleração nas transformações sociais e políticas e, consequentemente, nos direitos civis.
No campo dos direitos sociais as mudanças ocorreram, sobretudo com a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e, com ele, a legislação trabalhista e previdenciária, completada em 1943 com a Consolidação das Leis do Trabalho.
Assim sendo, os direitos políticos tiveram um cenário conturbado ao longo desses 34 anos, e o governo alternava-se entre ditaduras e regimes democráticos. Até a ditadura em 1964, o voto havia sido estendido e as eleições se tornaram mais honestas.
Os direitos civis se desenvolveram de forma mais lenta, durante a ditadura muitos deles foram suspensos, sobretudo a liberdade de expressão e de organização. “O nacionalismo, incentivado pelo Estado Novo, foi o principal instrumento de promoção de uma solidariedade nacional, acima das lealdades estaduais” (p.88).
A Revolução Constitucionalista, comandada pelos paulistas descontentes como governo ditatorial, teve como principal reivindicação a convocação de eleições para escolher uma assembléia constituinte. Ao fim da revolta, apesar da derrota dos paulistas, o país ganhou grandes avanços nos direitos políticos, pois o governo federal concordou em convocar eleições para a assembléia constituinte que deveria eleger também o presidente da República, introduziu o voto secreto e criou uma justiça eleitoral. ”Houve também avanços na cidadania política. Pela primeira vez as mulheres ganharam o direito ao voto”(p. 101). Em 1934 a Assembléia Constituinte confirmou Getúlio Vargas como presidente e elaborou uma nova constituição. Entretanto, após muitas disputas travadas entre os dois movimentos políticos criados com o