Resenha do artigo “Mobilidade Urbana, Iniqüidade e Políticas Sociais”, Alexandre de Ávila Gomide, e do Projeto de Lei da Mobilidade Urbana - PL 1687/2007

934 palavras 4 páginas
Universidade Federal do ABC
EN 2123 - Transportes e Mobilidade Urbana
Aluna: Adrielle Coelho Araujo Dias - 2º trimestre de 2010

Resenha do artigo “Mobilidade Urbana, Iniqüidade e Políticas Sociais”, Alexandre de Ávila Gomide, e do Projeto de Lei da Mobilidade Urbana - PL 1687/2007

Este artigo problematiza a desigualdade presente na mobilidade urbana dos brasileiros, sumarizando as principais conclusões estudadas nesse assunto e apresentando questões que deveriam ser reformuladas.
De acordo com os dados de Origem-Destino da Região Metropolitana de São Paulo de 2002, o número de viagens individuais aumenta conforme se aumenta a renda dos indivíduos, remetendo-se ao dado de que o número destas viagens por pessoas com mais de 20 salários mínimos chega a ser o dobro daquelas com as faixas mais baixas de renda e, com uma menor variação no crescimento, aumenta-se também o número de viagens per capita em transporte coletivo, com exceção apenas para aqueles com renda maior de 20 salários mínimos, no qual se verifica uma queda nestas viagens. Ao contrário, as viagens a pé aumentam conforme se diminui a renda dos indivíduos. Logo, sugere-se que a população de baixa renda na Região Metropolitana tem menos acesso ao transporte motorizado e com isso, menor acessibilidade aos serviços urbanos, já que o raio de alcance físico dos equipamentos sociais e oportunidades de trabalho ficam restritos à sua capacidade diária de caminhada.
Vale ressaltar aqui que para o caso de empregados em áreas distantes da moradia, apenas aqueles trabalhadores formais têm o direito ao vale-transporte. Dessa forma, a população de baixa renda ainda conta com um peso cada vez maior nos exíguos orçamentos familiares. Já para o caso de acesso ao ensino, apenas o fundamental tem chegado significativamente onde a população mais pobre reside, enquanto que os jovens de ensino médio precisam arcar com as tarifas dos serviços, incompatíveis com os rendimentos da população de baixa renda, para se chegar

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