Resenha Crítica - "Eu tenho um sonho" de M. Luther King

RESENHA CRÍTICA:
“EU TENHO UM SONHO”
DE MARTIN LUTHER KING

Marcante e histórico, o discurso “Eu tenho um sonho”, pronunciado por Martin Luther King Jr. na marcha para Washington, em 1963, teve repercussão mundial por ser, em essência, uma promessa: o fim da segregação racial opressora e óbvia que há décadas assolava brutalmente milhões de negros norte-americanos. Porém, acima de tudo, a famosa manifestação pública é exemplo do alcance da soma entre uma personalidade forte e um ideal moral justo e de base definida.
Em seu discurso, Luther King tomou o segregamento racial como injustificável, dado que a igualdade era direito dito garantido a qualquer cidadão americano. Afirmou que a população negra exigiria incessantemente a concretização dos direitos civis e concluiu, por fim, seu discurso com fervorosas palavras de liberdade. Palavras estas que foram a fagulha para um processo que incendiaria os Estados Unidos numa série de mudanças que poriam fim ao sofrimento escancarado da população negra americana da época. Em 1964, apenas um ano após o discurso, Luther King recebeu o Prêmio Nobel da Paz em função do seu papel no combate contra a segregação racial a nível global.
Considerado o conteúdo geral do dito de M. Luther King, é interessante analisar a influência da formação acadêmica do autor, crença e vida em obras e atuação política e, consequentemente, se tais fatores afetaram a abrangência de seus dizeres. Além de ser graduado PhD em Teologia e líder religioso protestante, as referências cristãs - das quais o discurso “Eu tenho um sonho” é rico - eram mais do que claras. Sendo assim, é perceptível que a doutrina de Luther King, que prega fé, esperança, fraternidade e a não violência, não limitou a dimensão de seus enunciados, mas foi inspiração e parte essencial da estrutura destes.
Um o trecho do próprio discurso “Eu tenho um Sonho” no qual Martin Luther afirma : “Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado