Resenha Cr tica do Filme Metropolis
Por se tratar de uma época em que o cinema não tinha tanta tecnologia a sua disposição, tal filme constitui-se de uma produção inovadora, uma vez que continha um grande número de efeitos especiais. Foi, à época, a mais cara produção até então filmada na Europa.
O enredo é ambientado numa megalópole governada por um grande empresário, que utiliza uma imensa força de trabalho braçal de uma população esquecida e condenada à escravidão. O filme retrata de forma clara a divisão de classes: de um lado, os empresários e aqueles que viviam a suas custas, e de outro, a classe trabalhadora, vivendo em péssimas condições e constituindo o motor capaz de manter ‘boa vida’ gozada por seus patrões. Essa passagem faz menção aos regimes totalitários que emergiram na Europa no início do séc. XX, sendo estes os grandes responsáveis pela divisão da sociedade em elite e proletariado.
Obrigados a viver nessas péssimas condições de vida (fome, miséria, doenças etc.) e indignados com a forma que executam seu trabalho (em grandes galerias no subsolo), os operários se revoltam, a começar pela jovem Maria, líder espiritual do movimento e tutora responsável pelos filhos dos operários, que estimula os demais a reivindicar pelos seus direitos. Nessa passagem, o filme aborda claramente o movimento ludista, em que os operários ‘revoltam-se contra as máquinas’ e numa atitude revolucionária as destroem juntamente com toda a estrutura fabril que as abriga, uma vez que já estavam sendo projetados robôs que substituiriam os homens nas fábricas.
Por se tratar de cinema mudo, o tempo de duração por vezes chega a ser cansativo, e determinadas cenas do filme às vezes tornam-se cômicas. Porém, o filme