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Requintes para cachorro
Bichos de estimação são tratados como gente: usam protetor solar, tomam antidepressivos e entram na onda do botox

Luciana Franca e Marcela Palomo
De melhor amigo do homem, o cão está virando gente. Pelo menos, em termos de consumo. Os produtos disponíveis no mercado apontam cada vez mais para a humanização na relação entre os donos e seus animais de estimação. A cesta de ofertas é variada: vai desde um requinte, como uma linha de cosméticos com direito a protetor solar, passa por remédios antidepressivos e chega à aplicação de botox e silicone. Lançado em abril nos EUA, o Prozac para cachorro tem previsão para chegar ao mercado brasileiro em 2009. Segundo Jacob Tornes, presidente do laboratório Lilly no Brasil, trata-se de um medicamento com formulação específica para cães, mas que tem o mesmo princípio ativo do produto para uso humano. "Tecnicamente o Prozac tem o mesmo efeito tanto para humanos quanto para cães e é indicado para animais que ficam geralmente presos e muito ansiosos", diz Tornes, anunciando que o próximo lançamento é um remédio para obesidade canina.
Cachorros ansiosos poderão tomar aquele comprimido à base de fluoxetina, sucesso em todo o mundo para tratar pessoas com distúrbios obsessivo-compulsivos, síndrome do pânico e depressão, só que agora em versão mastigável e com sabor de carne. "O Prozac deve ser administrado por um veterinário que entenda de comportamento animal", diz Hannelore Fuchs, veterinária homeopata e psicóloga, que recomenda cautela diante da tendência dos apaixonados donos de cães em aderir aos modismos e jogar nos animais suas neuroses. "O ser humano tem procurado no animal de estimação um interlocutor, alguém que o acolha e o compreenda", diz a veterinária, enfatizando que o bem-estar necessário ao animal é ser alimentado e tratado com carinho.
Para deixar o cão menos estressado existem alternativas que passam longe das farmácias. Raquel Barallobre, dona da grife canina Paddo, acaba de lançar