repercussões metabólicas e hormonais da síndrome metabólica e os benefícios do exercício físico
Dentre os diversos conceitos, no geral, a síndrome metabólica é caracterizada por diversos distúrbios no metabolismo do indivíduo, quando estão presentes pelo menos três dos seguintes fatores: hipertensão arterial, resistência a insulina, hiperinsulinemia, intolerância a glicose, diabetes tipo 2, obesidade central e dislipidemia (Ciolac EG, Guimarães GV, 2004).
A inatividade física possui uma forte relação com a presença dos componentes da síndrome metabólica, sendo que o exercício físico é um importante fator na prevenção e tratamento desta síndrome, pelo fato de provocar modificações em uma série de respostas fisiológicas (Rennie Kl et al., 2003; Lakka TA et al., 2003)
As respostas fisiológicas ao exercício podem ser divididos em agudo (logo após o exercício), tardios (dura entre 24 a 72 horas após o exercício) e crônicos (quanto mais tempo de treino, mais crônico será a adaptação) (Monteiro MF, 2004).
O National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III) criou alguns critérios para identificação da síndrome metabólica conforme o quadro abaixo:
Os hormônios que têm sua secreção alterada pelo exercício e que podem interferir nos componentes da síndrome metabólica são: o hormônio do crescimento, as catecolaminas, o glucagon, a insulina, a endorfina e, em alguns casos, a leptina.
Hormônio de Crescimento O hormônio do crescimento (GH), além de ser um potente agente anabólico, estimula diretamente a lipólise. Suas concentrações encontram-se elevadas durante o exercício, sendo que, quanto mais anaeróbio for o exercício, maior a quantidade liberada deste hormônio (Mcardle WD, 2003; Wilmore JH, 2001). Como o GH pode promover a lipólise, realizar exercícios regularmente que aumentam sua taxa de secreção pode contribuir para diminuição da obesidade, que é um dos