Religião: weber, marx e durkheim, e sincretismo religioso no brasil
Karl Marx
Para Marx, religião é a teoria geral deste mundo, a sua soma enciclopédia, a sua lógica sob forma popular o “son point d’honnem” espiritualista, seu entusiasmo, a sua sanção moral, o seu complemento solene, a sua consolação e justificação universal. É a realização fantástica do ser humano porque o ser humano não possui verdadeira realidade.
A ênfase dada à racionalidade prática pode conduzir a uma riquíssima teoria de mudança social: desmistifica certas relações de poder e anda de par com a busca do carisma que, por definição a ela se contrapõe. Assim como a ênfase no aspecto cognitivo das religiões também conduz a uma teoria da mudança social. Por outro lado, a ênfase nos aspectos emocionais, conduz a uma riquíssima teoria de coesão social e ao ensaio genial de que as nossas comunicações e cognições não operam sobre bases cognitivas e sim emocionais.
Max Weber
Weber se interessa pelo aspecto cognitivo das religiões. Weber associa a objetividade do conhecimento a uma ordenação da realidade segundo categorias subjetivas, as quais representam, segundo ele, o pressuposto do nosso conhecimento. Sociologia entendida como ciência compreensiva, que por interpretação, mas sem artifício de estilo, procura analisar o sentido visado por um ou mais de um sujeito em função do comportamento de outrem e, conseqüentemente, pretende esclarecer o sentido de toda a atividade social. Neste sentido, Weber toma as religiões como respostas racionais a indagações referentes aos problemas do sofrimento e do destino, quaisquer que sejam os termos em que esses se colocam. Assim, estando a racionalização do mundo inscrita no mais profundo da civilização, o sociólogo deve explicar as origens e os caracteres de um mundo que se modernizou ao se laicizar e se desembaraçou de seus mistérios, entregando-se às miragens da razão. Portanto, sua sociologia da religião está referida a uma teoria da mudança social que se traduz no estudo de processos de