Relação do espaço urbano
Introdução: O patrimônio cultural de um povo não está somente restrito ao acervo confinado em salas de museus, mas engloba também os elementos que compõem o espaço urbano onde, através apropriação citadina cotidiana, atualiza-se dentro dos contextos individuais de compreensão e uso do espaço da cidade. As intervenções urbanísticas e arquitetônicas devem, portanto, estabelecer um plano que valorize os elementos da cultura local, ao tempo que constrói o espaço onde se darão novas atividades culturais espontâneas. Assim, o arquiteto e urbanista, ao planejar intervenções no espaço urbano, deverá conhecer o patrimônio cultural local, para, a partir do arcabouço de informações pesquisadas, projetar os lugares da cidade, visando salvaguardar os aspectos culturais já consolidados no uso dos cidadãos.
Intervenções Urbanas
Sobre a desambientação dos monumentos, insere-se o discurso da intervenção urbanística e arquitetônica. É, através da análise sobre as intervenções urbanas que a grande maioria dos autores pesquisados tem se referido à descontextualização dos monumentos, das obras de arte e até mesmo dos usuários destes espaços. Assim, buscamos neste artigo, organizar o conjunto de denominações atribuídas por diferentes autores, na definição do espaço urbano e dos elementos que o compõem, supondo ampliar o repertório de informações que corroboram na percepção do espaço urbano, como ferramenta imprescindível no planejamento das intervenções. Aqui, salvaguardamos as proporções dadas a cada cidade, monumento ou obra de arte. Valemo-nos do entendimento que o patrimônio cultural de cada cidade tem suas características particulares, as quais devem ser preservadas e apreendidas como elementos que representam o diferencial no planejamento e gestão de cada localidade.
A princípio devemos definir algumas contextualizações e significados, os quais serão amplamente utilizados no decorrer do texto. Nesta ocasião, buscamos