Relatório da Raiva
A raiva é uma doença infecto-contagiosa do sistema nervoso que tem como agente etiológico o vírus Rabdovírus, que acomete predominantemente os mamíferos. Esta infecção viral é fatal em praticamente 100% dos casos.
Nos bovinos, esta enfermidade representa grandes prejuízos econômicos para o produtor, bem como um grande impacto na saúde pública. A fonte de infecção sempre é um animal infectado, sendo que o método de transmissão mais comum é a mordida de um animal portador do vírus, embora a contaminação de feridas cutâneas pela saliva recente possa levar à infecção. O principal agente transmissor desse vírus para os bovinos são os morcegos, em especial, o Desmodus rotundus, porém, outras espécies de morcegos hematófagos também podem transmitir o vírus, como o Diphylla ecaudata e Diaemus youngi.
Os herbívoros, em geral, são hospedeiros acidentais do vírus da raiva, pois, embora participem do ciclo rural da raiva, contribuem apenas como sentinelas à existência do vírus. Sua participação nesse ciclo restringe-se a morte do animal, não ocorrendo envolvimento no processo de transmissão a outras espécies, apenas de forma acidental.
Após adentrar a corrente sanguínea, o agente etiológico da raiva afeta os nervos, seguindo o curso deste até alcançar a espinha e, por fim, atingir o cérebro.
As manifestações clínicas apresentadas pelos animais infectados de origem neurológica. Inicialmente podem apresentar sintomas inespecíficos, como isolamento, apatia, inapetência, lacrimejamento e corrimento nasal. Com a evolução do quadro, os animais apresentam dificuldade de deglutição, devido à paralisia do músculo da língua (levando à consequente sialorréia), tenesmo, incoordenação, em especial, dos membros posteriores e, por conseguinte, deitam e iniciam movimentos de pedalagem, passam a apresentar midríase (dilatação das pupilas), dificuldades respiratórias, asfixia e, por fim, morte. Esta última ocorre dentro de 4 a 6 dias após o início dos sintomas.
O diagnóstico