Reis 2003
Restauração de áreas degradadas: a nucleação como base para incrementar os processos sucessionais dos ecossistemas degradados pode ser um instrumento para a formação de corredores que venham a unir os fragmentos remanescentes, permitindo assim a continuidade do fluxo gênico, necessário para a manutenção das espécies e da viabilidade de suas populações.
Os programas de restauração tradicionalmente são executados com alguns vícios que comprometem o modelo de conservação in situ: uma visão fortemente dendrológica, com uso quase que exclusivo de espécies arbóreas; utilização de espécies exóticas, propiciando a contaminação biológica local e potencializando a degradação; tecnologias muito caras, inviabilizando pequenos projetos que pudessem efetivamente restaurar a biodiversidade através de processos naturais de sucessão. Somam-se ainda a esses fatores a falta de ações concretas de empresas responsáveis por grandes obras, para restaurar as áreas impactadas pelos seus investimentos, e as deficiências na formação de recursos humanos para fiscalizar, orientar e executar programas de restauração ambiental. O presente trabalho visa divulgar técnicas alternativas de restauração a baixos custos que se fundamentam em processos sucessionais naturais, tendo como base o princípio da nucleação.
Ademir Reis - Doutor em Biologia Vegetal – UNICAMP, Biólogo, Professor Titular
UFSC1
Fernando Campanhã Bechara - Mestre em Biologia Vegetal, UFSC, Eng. Florestal
Marina Bazzo de Espíndola - Bióloga, Mestranda em Biologia Vegetal, UFSC
Neide Koehntopp Vieira - Bióloga, Mestranda em Biologia Vegetal, UFSC
Leandro Lopes de Souza - Biólogo, UFSC
Resumo: A restauração de áreas degradadas representa uma atividade básica para a conservação in situ refazendo comunidades e formando corredores entre fragmentos vegetacionais. A nucleação