Reflexão sociológica, sobre o Rolezinho estabelecendo um diálogo com Bauman

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Reflexão sociológica, sobre o Rolezinho estabelecendo um diálogo com Bauman
O porquê de os jovens preferirem agitar shoppings, ocuparem os templos do consumo. Conectados em redes sociais, articulam-se e manifestam seus desejos, vontades e pensamentos sobre marcas, produtos e serviços. Talvez eles tenham encontrado nessas redes um dos espaços mais democráticos e de mobilização, que vem mediando as manifestações e a luta por garantia de direitos e fazendo renascer o desejo por mais cidadania. Os rolezinhos têm chamado a atenção da sociedade, incomodado as elites tirado os dirigentes dos shoppings centers da zona de conforto, e o medo desse novo fenômeno na sociedade brasileira faz com que a polícia reaja com ações truculentas, violentas e opressoras.
Os shoppings centers foram concebidos para garantir às elites um local privilegiado para o consumo. Promessas de segurança, conforto, lazer, como explicado por Zygmunt Bauman em seu livro Confiança e medo na cidade, mostram-nos como a relação centro, periferia provocou uma tensão que colocou a classe média em risco de acabar vítima de um processo que não conhece e de perder o bem-estar conquistado no decorrer das últimas décadas.
Essa dinâmica estrutural da ocupação das cidades e a forma como as cidades montam e desmontam seus espaços de elite, excluindo para as periferias as populações menos privilegiadas, acabam gerando conflitos e a segregação.
Os shoppings centers atendem à nova proposta estética de segurança para as cidades globais, pois elas pressupõem certa vigilância.
Segundo Bauman, as cidades contemporâneas são campos de batalha, nos quais os poderes globais e os sentidos e identidades tenazmente locais se encontram, se confrontam e lutam tentando chegar a uma solução satisfatória ou pelo menos aceitável para esse conflito: um modo de convivência que espera-se possa equivaler a uma paz duradoura, mas em geral se revela antes um armistício, uma trégua útil para reparar as defesas abatidas e

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