Redação USP Tema: Invasões

Em um país emergente, um dos problemas sociais é a disparidade entre as classes socioeconômicas: a parte menos favorecida da população é oprimida através da violência, a fim de manter uma ordem superficial e estética de organização, evitando assim, polemicas nas ruas e mantendo a aparência nas cidades, como ocorreu na Cracolândia, Pinheirinho ou no campus da USP. Nesse país, o qual o governo constitui a democracia, esta é responsável por manter os direitos iguais a todos os cidadãos. Mas, devido à falta de estrutura, o governo “finge” não ter conhecimento sobre a pobreza e ordena policiais a agirem violentamente para controlar a população. Na Cracolândia ou Pinheirinhos, por exemplo, os habitantes foram expulsos desses locais de forma bruta, desconsiderando qualquer direito social. Assim, a pobreza é eliminada daquela área, e torna-se esteticamente aceitável para a sociedade. Os antigos moradores, no entanto, ficam desabrigados. Outro acontecimento em que as autoridades usaram a violência para impor respeito foi no campus da USP, para controlar os alunos que invadiram a reitoria. Essa truculência, comum nos três casos, tem um único objetivo de manter a ordem pública. Ou seja, ao invés de resolver a desigualdade e cumprir os direitos humanos, oferecendo devida saúde, educação, propriedade e segurança, o governo investe em policiais, os quais não recebem a adequada preparação e tornam-se profissionais agressivos. Consequentemente, utilizam essa brutalidade ao executar as ordens de um poder administrativo. A elite, não somente nesse contexto, se favorece. Entretanto, a parte mais pobre é oprimida, já que são vítimas da inaptidão do governo de solucionar o problema, ao invés de encobri-lo apenas.
Portanto, ao considerar a polícia uma forma de segurança para todos, cabe ao governo encontrar maneiras passivas para resolver os assuntos civis, ao invés de prover** uma ordem policial que visa oprimir a população através da violência. Como se observou em Pinheirinhos,