Redacao Maconha 2

Colheita do crime / A folha da (des)ordem
O consumo de drogas é milenar, há certa de 5 mil anos, nativos da África já usavam folhas de maconha em rituais religiosos. Somente no século XIX, os Estados Unidos iniciam uma guerra contra esses entorpecentes, entretanto essa forte repressão alimentou o tráfico invés de combate-lo. Assim, a descriminalização da cannabis – maconha– mostra-se uma alternativa pacífica de diminuição do consumo, porém, no Brasil, tal medida precisa ser precedida de um amadurecimento na cultura e educação da população. Logo, o confronto das drogas pela paz pretende “fazer a cabeça” dos usuários e inibir o vício.
O processo histórico de coibição dessa dependência evidencia sua falha diante da proliferação de usuários. Nos anos 60 com a neoliberal intervenção militar estadunidense para o fim da produção e consumo gerou o movimento de Contracultura que popularizou essas drogas, além de abrir as portas para as sintéticas. Esse fracasso hoje aponta as armas para um mudança menos violenta, a descriminalização já foi adotada por países como Portugal, Espanha, Holanda e Uruguai. Neles, o Estado detém a produção e comercialização da maconha, tornando-se um concorrente do tráfico. Também, ao abordar os usuários como pacientes e não criminosos, o governo atua em seu tratamento salutar e não povoa as prisões de aprendizes do crime. Dessa forma, a liberalização do uso recreativo da cannabis apaga os cigarros de domínio do tráfico e reprime a violência.
No entanto, essa proposta “revolucionária” precisa ser avaliada com cautela no Brasil, onde a ação pode ser incendiária. Os países que descriminalizaram são pouco extensos e de fácil fiscalização, diferente do Brasil. Antes dessa abolição penal é necessária a discursão educacional do seu consumo, além do incremento na saúde pública para o tratamento de usuários. Sendo assim, o receio nasce na possível epidemia dessa droga ou que ela se torne a “janela” de outras drogas, por essa já ser muito popular no