REAÇÕES ALCALI AGREGADOS
Há décadas foi detectado um problema que até os dias atuais afligem a engenharia, a tão temida reação álcali-agregado conhecido como RAA. Nogueira (2010, p. 5) menciona que “a reação álcali-agregado foi descoberta [...] na década de 30, causando preocupação ao meio técnico, pois nessa época foram observadas fissuras e expansões em estruturas de concreto”. Este fenômeno complexo atinge as estruturas podendo ser observada em diferentes momentos a contar de sua instalação a depender de como a estrutura está exposta e o grau de reatividade do agregado. Segundo Costa, Lima e Silva (2009, p.1), a RAA ocorre internamente nos concretos entre os íons alcalinos presentes no cimento e minerais silicosos nos agregados, comprometendo sua estrutura. Tal fenômeno provoca expansão do concreto, pela formação de sólidos no interior da estrutura, ocorrendo fissuras na superfície deste e, posteriormente, desagregação, criando crateras na estrutura, onde escorre um gel de sílica. Existem vários fatores que influenciam na velocidade e intensidade da reação álcali-agregado e seu desencadeamento pode ser maior ou menor e em virtude desses fatores não existe um tempo pré-estabelecido.
Três fatores agindo conjuntamente são constituintes para que aconteça a RAA, são eles as fases mineralógicas do agregado consideradas como reativas, os hidróxidos alcalinos e a umidade. Os álcalis envolvidos no processo químico de RAA são derivados de sódio e potássio. Devem possuir a capacidade de solubilizar para participar da reação. Podem vir tanto de fontes internas como o cimento principalmente, como também dos demais materiais constituintes do concreto, por exemplo, os agregados, adições minerais, aditivos, água de mistura, ou mesmo outras fontes externas ao concreto, como águas alcalinas industriais ou marinhas que podem migrar para o interior do concreto.
Vale lembrar que esses fatores também podem interagir