Quero um pouco de diversão
Luís Fernando Veríssimo já escreveu milhares de artigos maravilhosos e, entre estes, foi recentemente republicado pela Zero Hora (22/10/2007) o genial ?O que move a humanidade?...
...onde o autor fala sobre a tendência humana à preguiça e a importância dessa tendência para o desenvolvimento da humanidade.
Se não fosse a preguiça a maioria dos confortos que temos hoje não existiriam. O ser humano inventou a roda para não ter que andar, carregar peso etc. Inventou o controle remoto para não ter que levantar da poltrona ou da cama. Inventou a bomba e a caixa d?água para não ter que buscar água de balde. Inventou a arma de fogo para não ter que lutar nem sujar as mãos de sangue. Inventou o computador para não ter que perder horas com milhares de raciocínios complexos, simultâneos e inter-relacionados. Como disse Veríssimo, então, a nossa evolução está intimamente relacionada à nossa preguiça e isso é uma constante, pois, ainda hoje, é fácil perceber várias criações humanas nesse sentido e nas mais diversas áreas.
Dia desses, por exemplo, ouvi alguém tecer rasgados elogios ao supletivo que permite fazer o ensino médio (ou 2º grau) em pouquíssimo tempo e com pouquíssimas avaliações (se não for uma só). Nesta mesma linha destacam-se os cursos a distância (no meu tempo eram chamados de cursos por correspondência) com aulas uma vez por semana. Perceba que o grande atrativo destacado nas campanhas publicitárias é esse, fazer a mesma coisa que os outros fazem em anos de esforço físico e mental, em muito menos tempo e quase sem ter que sair de casa nem levantar da poltrona. Pode até ser que ele não seja tão fácil, mas a ?lei do menor esforço? é o grande atrativo e, respeitadas as opiniões em contrário, é exatamente isso que levanta suspeitas sobre a qualidade e seriedade desses cursos.
O conhecimento está ao alcance de todos e qualquer um pode ser um autodidata e desempenhar atividades complexas sem nunca ter entrado em uma sala de aula, mas