Pós graduada

LUZ, Madel T. “3. As condições de saúde e classe operaria na Republica Velha: a organização da ordem”. In Medicina e Ordem Politica e Instituições de Saúde (1850-1930). Rio de Janeiro: Edições Gerais, pp. 53-68, 1982.

A classe operaria no Brasil lutou intensamente por melhores condições de trabalho e práticas de saúde, pelo fato de ser um trabalhador. Este movimento teve incio no final do seculo XIX e inicio do seculo XX devido ao final da escravidão e as transformações que o país estava passando de uma sociedade agraria para industrial, a falta de mão de obra foi recomposta por imigrantes estrangeiros e emigrantes das regiões nordeste e sudeste do pais. Com os trabalhadores europeus vieram as ideias sobre organização de classes e os direitos dos trabalhadores que estavam em discussão no velho continente e emergiu um novo pensamento com esta nova mão de obra no Brasil.

As condições de trabalho no pais eram desumanas, fabricas em condições insalubres devido a pobreza, homens mulheres e crianças submetiam-se a jornadas de 14 horas de trabalho com direito a 15 minutos de almoço, baixos salários, sem dia exato para o pagamento, qualquer erro cometido no serviço eram descontado até 50% de um salário indigno. As revoltas foram crescendo concomitantemente com a consciência de classe que os trabalhadores estavam adquirindo com as ideias socialistas. Em 1980 formavam-se os núcleos socialistas principalmente no Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Pará e assim nasceu o primeiro partido político que os representasse, porém ele acabou três anos depois.

Com a Constituição de 1891 que garantia o direito à reivindicação e impedia qualquer interferência do Estado na economia, ferindo à liberdade do trabalhador e da industria. Esta constituição tem como concepção o liberalismo, ao mesmo tempo, que os trabalhadores reivindicavam por direitos trabalhista o governo provisório republicano concedeu somente aos trabalhadores da estrada de ferro o direito `a