psicossomática

Psicossomática e medard boss:
A nova medicina psicossomática de Medard Boss é fundamentada na perspectiva heideggeriana, assimilando a obra de seu amigo Martin Heidegger e iniciou o pensamento em psiquiatria, psicologia e psicoterapia.
Na décade de 1970, em São Paulo um grupo reunido em torno do psiquiatra Solon Spanoudis ( e estimulado pelo próprio Boss) funda a Associação Brasileira de Daseinsanalyse, buscando a compreensão da ontologia para a psiquiatria e psicologia.
Heidegger se interessou pela questão do corpo a partir de seus estudos sobre Friedrich W. Nietzsche. Essa questão de corpo é objeto das ciências naturais porém Boss e Heidegger apontam para o equívoco que consiste em esperar que os conhecimentos da anatomia, fisiologia, bioquímica e histologia deem conta da experiência singular que cada um de nós tem em relação ao próprio corpo. Um exemplo disso se mostra numa parte do corpo, o ouvido. Os estudos da anatomia, fisiologia, do seu funcionamento bioquímico e da estrutura celular desse órgão trazem conhecimentos válidos, eficazes e eficientes, mas não esclarecem o fenômeno de ouvir, da experiência de uma pessoa com acordes das músicas.
Outro exemplo melhor, se dá pelas alucinações auditivas de alguns pacientes psiquiátricos, as quais não podem ser compreendidas por aqueles conhecimentos por alguma patologia do ouvido ou outra parte do sistema nervoso central . A compreensão dessas situações requer olhar para a situação existencial do paciente e sua rede de significação existencial.
Boss dedica-se a medicina psicossomática, a partir de uma fenomenologia do corpo, articulando o corpo e o corpóreo ao Daisen, ao existir humano, ao agir do homem.
Acerca da psicossomática, Freud reivindicou tratar de problemas do corpo por meio de um procedimento verbal, a psicanálise. Até então o problemas do corpo foram tratados pelas corporações dos médicos ou pelas religiões, por causa da maior tradição, competência e eficácia da medicina e dos rituais e