Psicopatia

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Psicopatia
I. Introdução
Quando pensamos em psicopata, é comum vir à mente personagens famosos, como o Hannibal Lecter de “O silêncio dos inocentes”, ou então Adolf Hitler e Saddam Hussein, ou ainda Ted Bundy, Jeffrey Dahmer e Charles Manson. Não há como negar que todos estes indivíduos personalizaram o mal, com atitudes criminosas, bizarras e grosseiras. Entretanto, não se pode levianamente atribuir a eles a alcunha de psicopatas, como sinônimo de assassinos frios ou lunáticos. A psicopatia abrange muito mais do que as imagens sensacionalistas criadas pela mídia. Analisando historicamente, inicialmente o termo “psicopata” foi utilizado para designar uma série de comportamentos que eram vistos como moralmente repugnantes. As características da psicopatia remontam aos tempos de Teofrasto, aluno de Aristóteles, que elencava alguns sintomas do chamado “homem inescrupuloso” (e algumas características descritas pelo filósofo incorporam o conceito atual de psicopata, como a loquacidade e boa lábia).5 A discussão efetiva acerca da psicopatia iniciou no fim do séc. XVIII, quando alguns filósofos e psiquiatras passaram a estudar a relação de livre arbítrio e transgressões morais, questionando se alguns perpetradores seriam capazes de entender a conseqüência de seus atos. Philippe Pinel, em 1801, foi o primeiro a notar que certos pacientes, envolvidos em atos impulsivos e autodestrutivos, tinham sua habilidade de raciocínio intacta e tinham consciência da irracionalidade do que estavam fazendo. A estes casos, ele denominou serem “manie sans delire”, ou insanidade sem delírio. Nesta época, como era entendido que “mente” era sinônima de “razão”, qualquer inabilidade racional ou de intelecto era considerada insanidade, uma doença mental. Foi com Pinel que surgiu a possibilidade de existir um indivíduo insano (manie), mas sem qualquer confusão mental (sans delire).
Em 1944, Curran e Mallinson afirmaram que a psicopatia era doença mental. Entretanto, conforme pode se observar

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