: Psicologia e relações humanas no trabalho

1. Comunicação Trata-se de fenômeno que pode ser estudado tanto sob o ponto de vista institucional quanto interacional, ou seja, no que respeita às relações cotidianas entre os indivíduos.
1.1 Comunicação e organização Convergindo com as referências de Alves (2002), Enríquez (1997) e Sennett (2009) – todos citados na segunda aula desta disciplina – Heloani e Capitão (2003) alertam que na empresa pós-moderna observa-se “a substituição do controle externo do desempenho pelo controle interno dos próprios funcionários mediante eficiente trabalho de comunicação”, sendo substituídos “o chicote, o supervisor e os testes psicológicos pela ilusão da integração e da participação”. Freitas (1991, p. 34) vê as organizações “como fenômeno de comunicação, sem o qual inexistiriam. O processo de comunicação cria uma cultura, revelando suas atividades comunicativas”. Recente trabalho de pesquisa em uma das plataformas da Bacia de Campos afirma a relevância da
“Comunicação Institucional” para a reprodução dos sentimentos de pertencimento e de identificação com a empresa, legitimando discursos a bordo como “(...) estou aqui pela Petrobrás e para a Petrobrás. Para a
Petrobrás porque sou empregado dela, e pela Petrobrás porque sou seu acionista”, enunciado por um supervisor de perfuração ao justificar o rigor com que julga tratar a empresa a que estão ligados os seus subordinados terceirizados (SOUSA, 2012, p. 58).
1.2 Estrutura da comunicação Embora a articulação da fala seja uma das capacidades exclusivamente humanas, a comunicação de uma mensagem envolve não apenas a vocalização, mas também comportamentos não verbais como expressões faciais, postura corporal etc. Para os efeitos do presente trabalho, serão tratadas aqui as modalidades de comunicação que envolvem a verbalização – tanto vocalizada quanto escrita ou, ainda, mediante a utilização de gestual
(LIBRAS).
A noção mais tradicional e difundida da comunicação é a de “tornar