Psicologia Social

Análise do filme “A onda” sob a ótica da Psicologia Social

O filme alemão “A onda” (Die Welle, 2008), é baseado na história verdadeira ocorrida em uma escola secundária da Califórnia, EUA. O professor de história Rainer Wenger propõe para seus alunos, durante uma aula de teoria política, uma experiência pedagógica nos moldes dos regimes fascistas, ocorridos apenas cerca de 30 anos antes.
O professor Rainer se declara o líder do movimento da “onda”, (com o mesmo sentido de movimento, impresso pela suástica nazista, por exemplo), utiliza o slogan “Poder, Disciplina e Superioridade”, exalta a disciplina e impõe o poder superior do grupo sobre os indivíduos. Cria também um logotipo, uniforme e até mesmo um gesto de saudação. Em uma reação impressionante dos alunos, que o obedecem cegamente, o grupo que inicialmente era composto por trinta pessoas recebe novos adeptos e passa a agir fora da sala de aula com atitudes de violência e propaganda ufanista, atingindo em apenas quatro dias a marca de duzentos integrantes.
O filme vai, então, mostrando uma mudança geral de comportamento que tende à violência, à intolerância e a uma autoconfiança nata. A tímida recusa de um aluno obriga-o a conviver com ameaças e exclusão do grupo. Também o próprio professor se transforma. De um defensor das liberdades passa a um sujeito arrogante, com o ego inflado pelo sucesso do grupo e pela autoridade incontestável que adquiriu sobre seus alunos.

Após o aparecimento de distorções no comportamento do conjunto da classe, que passou ao domínio da realidade cotidiana da comunidade escolar, duas jovens rompem com o grupo e buscam alertar ao professor e à escola sobre os desvios dos mais entusiastas. No entanto a situação está fora de controle. Vários aspectos da ideologia fascista haviam penetrado na mente dos jovens, que agora se achavam fortes e imbatíveis. E é durante uma partida de pólo aquático, em que uma briga generalizada dentro e fora da piscina quase acaba