Psicologia do testemulho

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Psicologia do Testemunho

O testemunho depende do modo como a pessoa percebeu o acontecimento, e o conservou em sua memória, da sua capacidade de lembra-lo e da maneira de expressá-lo.

Relato espontâneo e por interrogatório

Relato espontâneo: nota-se a irregularidade, e elementos inúteis são interpolados. A espontaneidade possibilita a falta de objetividade, até mesmo porque o que fala pode não ter consciência do que seja relevante. Tem também, as crenças do indivíduo, seus preconceitos e esquemas de pensamento, que a liberdade propiciada pela exposição livre permite aflorar; o inconsciente manifesta-se quando não há censura ou direção obrigatória que cerceie o pensamento.

Relato por interrogatório: representa o resultado do conflito entre o que o sujeito sabe, de uma parte, e o que as perguntas que lhe dirigem tendem a fazer-lhe saber. As perguntas estimulam a pessoa lembrar de detalhes as vezes esquecidos.

Depoimentos e tendência afetiva

Refere-se à inexatidão do depoimento por tendência afetiva, o que surge cuidados especiais, principalmente nas situações carregadas de grande carga emocional. Ela manifesta-se por meio de diversos tipos de atitudes e comportamentos, como os seguintes.

Identificação com a vítima: acontece em dois polos opostos. Um deles, é quando a vítima apresenta fragilidade, grande sofrimento, graves dificuldades econômicas, doenças, deficiência orgânica ou psíquica, com muitos filhos ou quando há grande disparidade de poder (físico, psíquico, econômico) em relação ao delinquente. No polo oposto, há a vítima rica, intelectual, que se dedica a atividade de grande expressão pública (artista, esportista etc.).

Particularidades do testemunho de crianças e adolescentes

A linguagem constitui uma barreira respeitável que precisa de técnica e competência para ser transposta. Se baseia nesses desafios:

Emitir uma linguagem que a criança entenda;
Compreender a linguagem que ela utiliza (por exemplo, a forma como ela

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