Psicologa

Crianças e adolescentes em psicoterapia – a abordagem psicanalítica
Maria da Graça Kern Castro

1. As origens da psicoterapia de crianças e de adolescentes na psicanálise

A primeira tentativa de análise de criança foi realizada por Freud com seu neto Ernest, seguindo-se a análise de Hans, com cinco anos. Porém somente em 1908 surgiu a pessoa vista como primeira psicanalista de crianças, Hermine Von Hugh-Hellmuth.
Os principais nomes que se opõem quando o assunto em tela é psicoterapia infantil é Melaine Klein e Anna Freud, sendo que a primeira é conhecida pela teoria das relações objetais e defende a análise “pura” e é conhecida por ter criado um novo modo de interpretação através do jogo e a segunda pela teoria da Psicologia do Ego e por sua firme convicção na necessidade de uma aliança entre psicanálise e pedagogia.

2. Condições essenciais do psicoterapeuta de crianças e adolescentes

Para ser considerado um bom terapeuta, é necessário que este se baseie no tripé; tratamento pessoal, supervisão e conhecimento teórico. Lidamos o tempo todo com o infantil de nossos pacientes, independente da idade que têm.
Cartografia da formação:
Submeta-se a um tratamento pessoal – análise ou psicoterapia;
Busque uma autorização pessoal, através de seu tratamento, que lhe indique que você está em condições de se tornar um psicoterapeuta;
Faça uma formação específica que garanta um conhecimento profundo sobre o “mundo infantil”;
Conheça a dinâmica do processo adolescente para perceber o que está acontecendo, em que momento do desenvolvimento jovem se encontra, se os sinais que está apresentando são próprios do período, para diferenciar o que é próprio dessa faixa etária e o que já se tornou psicopatológico, a intensidade e a frequência dos sintomas;
Leia os autores clássicos – Freud, Melanie Klein, Anna Freud, Donald Winnicott, Margaret Mahler – mas também os contemporâneos que ampliaram as ideias pioneiras;
Aprenda bem os conceitos, tenha domínio das