Psicohigiene

José Bleger começa colocando seu ponto de vista sobre a saúde diante do sistema atual, no qual os profissionais da saúde, principalmente os psicólogos deveriam voltar seus trabalhos a saúde publica, onde os profissionais estariam protegendo, fomentado e reparando a saúde do povo, e não um trabalho de assistência, como ocorre atualmente, porque ao invés de evitar que a pessoa adoeça, estamos esperando ela ficar doente, para então tratá-la.
Posteriormente Bleger volta-se ao campo da Higiene mental, onde cita Beers, com o objetivo de colocar maior atenção ao doente mental, aumentando a assistência a eles, melhores tratamentos e melhores hospitais, e conseqüentemente levando a uma maior possibilidade de cura e bem-estar. E também, a um prognostico mais eficaz em relação a medicamentos e internamentos, podendo estes últimos, em alguns casos, até ser evitado. Levanta também a importância da presença de um psicólogo clinico em todas as áreas da saúde publica e em qualquer e todos os objetivos da saúde mental.
Bleger nos atenta em outra parte do livro para a questão dos preconceitos e atitudes em relação a higiene mental, tanto do povo no geral, quanto dos profissionais. Muitas vezes esperam-se soluções milagrosas, ou se desvalorizam todas as possibilidades e realizações. Bleger coloca essa questão como um bom senso. Deve-se esperar da psicologia da saúde mental, o que realmente ela pode realizar dentro deste contexto, não esperando milagres curativos e nem menosprezando as atitudes e possibilidades vistas e realizadas em relação a isso.
Em outro momento, Bleger cita alguns conceitos: “A higiene compreende o conjunto de conhecimentos, métodos e técnicas para conservar e desenvolver a saúde[...]”, “[...] A higiene mental consiste nas atividades e técnicas que promovem e mantém a saúde mental. Dentro da higiene mental pode-se contar com um ramo especial, que interessa particularmente o psicólogo clinico: é o campo da