Psicanalise

Resenha: Luzes e sombras. Freud e o advento da psicanálise – Inês Loureiro
O nascimento da psicanálise está fortemente ligado ao rico solo cultural de influências europeias e da biografia de seu fundador, Sigmund Freud (1856-1939). As experiências vividas por Freud são fundamentais para o entendimento da evolução da psicanálise, já que ele observou os fenômenos psíquicos principalmente em si mesmo. Por isso diferentemente de outras teorias, a psicanálise tem a peculiaridade epistemológica de levar-se muito em conta a biografia de seu autor.
A origem judaica de Freud influenciou bastante a sua formação. Segundo o próprio, ela o conferiu uma tendência à crítica e independência intelectual fundamental para a criação de uma ciência polêmica. Do ponto de vista mais sociológico, o antissemitismo atrasou sua ascensão na carreira universitária.
Freud teve uma sólida formação humanística durante a juventude recebida no período de Liceu (1865-1873). Nessa fase Freud aprende vários idiomas e desenvolve verdadeira paixão pela arte e literatura.
A obra de Freud comporta, desde o início, conceitos formulados a certa distância da experiência empírica. É o que ele designa como “metapsicologia”, a dimensão mais teórica da teoria.
Freud, observava fenômenos em seus pacientes, amigos, familiares, mas também, e talvez primeiramente, em si mesmo.
Nos primórdios da teoria e da técnica psicanalista, Freud propõe as noções que constituirão os alicerces fundamentais da psicanálise; inconsciente, repressão, sexualidade infantil, relação entre sintomas neuróticos e fenômenos da vida psíquica.
Alguns desdobramentos posteriores, entre 1914 e 1917, Freud produz um conjunto de escritos na tentativa de sistematizar em torno de conceitos, como os de inconsciente, pulsão e narcisismo, o conhecimento teórico até então construído; são os chamados “artigos metapsicológicos”, nos quais se efetuam elaborações decisivas para as mudanças introduzidas na década seguinte.
Essa síntese da psicanalise