psicanalise
Capítulo 2
A teoria psicanalítica clássica de Sigmund Freud
INTRODUÇÃO E CONTEXTO
Desse ponto de vista, uma psicologia que se limita à análise da consciência é totalmente inadequada para compreender os motivos subjacentes do comportamento humano. Por mais de 40 anos, Freud explorou o inconsciente pelo método da associação livre e desenvolveu o que geralmente é considerado como a primeira teoria abrangente da personalidade. Ele traçou os contornos de sua topografia, penetrou nas fontes de sua corrente de energia e diagramou o curso legítimo de seu desenvolvimento. Ao realizar essas façanhas incríveis, ele se tornou uma das figuras mais controversas e influentes do nosso tempo. (Para um relato do status do inconsciente antes de Freud, ver White, 1962).
Quando a psicologia emergiu como uma disciplina científica independente na Alemanha, em meados do século XIX, ela definiu sua tarefa como a análise da consciência no ser humano normal, adulto. Ela considerava a consciência como constituída por elementos estruturais estreitamente correlacionados a processos nos órgãos dos sentidos. As sensações visuais de cor, por exemplo, estavam correlacionadas com mudanças fotoquímicas na retina do olho, e os tons, como eventos ocorrendo no ouvido interno. As experiências complexas resultavam da reunião de várias sensações, imagens e sentimentos elementares. A tarefa da psicologia era descobrir os elementos básicos da consciência e determinar como eles formavam compostos. A psicologia era muitas vezes referida como química mental. As objeções a esse tipo de psicologia vieram de muitas direções e por uma variedade de razões. Havia a aqueles que se opunham à ênfase exclusiva na estrutura e insistiam com considerável vigor que as características notáveis da mente consciente eram seus processos ativos e não seus conteúdos passivos. Sentir, e não as sensações, pensar, e não as ideias, imaginar, e não as imagens —