Psi hospitalar
Segundo o Conselho Federal de Psicologia (2009, apud FREITAS, STROIEL, BOTIM, 2010), o psicólogo hospitalar tem sua função centrada no âmbito secundário e terciário de atenção à saúde, atuando em instituições de saúde e realizando atividades como: atendimento psicoterapêutico, grupos psicoterapêuticos, grupos de psicoprofilaxia, atendimentos em ambulatório e unidade de terapia intensiva, em pronto atendimento, enfermarias em geral, psicomotricidade no contexto hospitalar, avaliação diagnóstica, psicodiagnóstico, interconsultas e, ainda, atua também por meio de consultoria nestes contextos.
Na perspectiva da Gestalt - Terapia, saúde e doença não são conceitos estáticos e podem ser entendidos como formas do organismo total tentar dar um sentido peculiar à sua existência, na busca de trocas constantes com o contexto no qual está inserido (Fukumitsu, 2009, apud Silva, Boaventura, 2011).
Segundo Freitas (2009b, apud FREITAS, STROIEL, BOTIM, 2010), em Gestalt-terapia saúde e doença são vistos como dois pólos de um único processo pluridimensional, dinâmico e contínuo. As polaridades saúde e doença não se enquadram dentro de um critério de exclusão, mas se articulam em uma relação complexa e processual.
Nessa abordagem, saúde implica em um reconhecimento da capacidade do indivíduo em manter-se em contato com seu contexto podendo, dentro de um processo espontâneo de escolha, optando sobre a melhor forma e o melhor momento de efetuar trocas com o mundo; implica em movimento para a vida, para o contato, para as trocas e para o crescimento, para awareness.
A Gestalt-terapia é uma abordagem com foco na relação dialógica. O diálogo é por nós entendido como fundamental para a existência humana e característica essencial da relação terapêutica (Freitas, 2009a, apud Freitas, Stroiel, Botim, 2010). Buscar a construção de uma qualidade de diálogo nas instituições hospitalares é um desafio com dificuldades impostas