Prova 3a Unidade Fundamentos Linguísticos da Comunicação

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE ARTES E COMUNICAÇÃO SOCIAL
DEPARTAMENTO DE ESTUDOS CULTURAIS E MÍDIA

Disciplina: Fundamentos Linguísticos da Comunicação (GEC 043)
Professor: Benjamim Picado
Aluno: Gabriel Gallindo Pacheco Mat.: 31149001

2a AVALIAÇÃO PARCIAL

3a Unidade: a estrutura elementar da compreensão

1. Discorra brevemente, partindo das idéias centrais dos textos de Carlo Guinzburg e de Ugo Volli (sobre as modalidades elementares da compreensão e da interpretação), tentando identificar o modo como a noção de signo se torna central para a inferência e para o entendimento textual.

Para analisarmos o uso do signo na lógica do entendimento textual e da inferência, devemos antes perceber a finalidade do estudo de Ginzburg e Volli quando se trata desses assuntos. Ginzburg escreve a obra “Sinais: raízes de um paradigma indiciário” no intuito de expor um paradigma indiciário muito antigo, usado, segundo o autor, desde tempos remotos nos quais o homem precisava caçar para sobreviver, mas que até o momento não tinha sido devidamente estudado.
Não podemos deixar de relatar, também, que Ginzburg busca validar tal paradigma, pois o utiliza como método principal de pesquisa em sua outra obra “História Noturna: Decifrando o Sabá”, no qual estuda a cultura dos praticantes do Sabá desde a época da Inquisição até os dias atuais, baseando-se em questões que só poderiam ser tomadas como válidas utilizando um paradigma indiciário.
Já Ugo Volli, em seu texto “Interpretação”, busca explorar, como o próprio nome do texto já adianta, a interpretação e de que forma os signos são trabalhados nessa lógica de inferências e de entendimento textual.
Compreendendo a proposta de cada autor, podemos entrar diretamente na questão tratada. Para Ginzburg e seu paradigma indiciário, o signo, ou melhor, os sinais deixados por uma instância ou situação ocorrida são tratados como a projeção da própria instância, ou seja, a as marcas inferenciais são tratadas como verdadeiras e