Proteína TAU e TCE

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Relação entre traumatismo craniano encefálico (TCE) e proteína TAU , e os potenciais riscos do desenvolvimento da degeneração cerebral

INTRODUÇÃO
O boxe é um esporte muito antigo, no qual os traumatismos cranioencefálicos (TCEs) são frequentes e a ele inerentes. Tem, portanto, consequências agudas para o sistema nervoso central, como hemorragias, dissecção carotídea ou trombose, e crônicas, como a dementia pugilistica. Esta última também pode ser chamada de encefalopatia progressiva crônica do boxeador ou síndrome punch drunk e representa consequência neurológica em longo prazo do efeito cumulativo de traumas cranioencefálicos repetidos.
Um desses efeitos em longo prazo ocorre na proteína Tau, encontrada nos emaranhados de degeneração neuobibrilares, os quais constituem uma das características histológicas mais importantes da doença de Alzheimer. São encontradas no citoplasma neuronal e seu número está diretamente relacionado com o grau de severidade da doença. Estes emaranhados são constituídos por acumulo de filamentos helicoidais emparelhados, que apresentam características diferentes dos neuro-filamentos e microtubulos normais.
Um dos componentes fundamentais destes emaranhados é uma forma anormalmente fosforilada da proteína Tau. Os emaranhados de degeneração neurofibrilar tendem a ser mais abundantes nas áreas onde a destruição neuronal é mais intensa, como na região do hipocampo e nas zonas adjacentes ao lóbulo temporal.
1.2. Proteína TAU A proteína TAU faz parte da família das proteínas associadas aos microtúbulos. A principal função dessas proteínas é estabilizar os microtúbulos pela agregação da tubulina. No cérebro humano, a TAU é uma proteína solúvel, apresentando-se em seis isoformas derivadas do splicing alternativo de RNAm e composta por 352441 resíduos de aminoácidos com peso molecular aproximado de 37 a 46 KDa. Em células nervosas sadias, a proteína TAU é normalmente encontrada nos axônios, ao contrário dos achados descritos nas

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