proteção a criança e adolescente
HOMOAFETIVAS: PRECONCEITOS E ESTIGMAS1
Daniela Castamann
Luciene Paula Vieira
INTRODUÇÃO
Definir a família, enquanto modelo único, hoje, constitui-se em uma tarefa muito complexa, já que ela sofre modificações devido às transformações sociais, culturais, políticas e econômicas, as quais a sociedade capitalista vem enfrentando nos últimos anos. Segundo Mello (1999), a família deve ser compreendida enquanto um fenômeno histórico e sociocultural que se manifesta de acordo com o espaço e tempo.
No final das últimas décadas, a família vem se estruturando de maneira distinta, ao modelo de família nuclear, caracterizando pela disfunção entre as responsabilidades conjugais e parentais, principalmente por assuntos referentes à autonomia das esferas da conjugalidade e da sexualidade relativas à reprodução. A família vem se transformando conforme os impactos das mudanças na sociedade, gerando modelos familiares diversos ao modelo familiar tradicional. Portanto, acredita-se que atualmente, é necessário de certa forma esquecer a família burguesa enquanto verdade única.
Devemos deixar de lado, o conceito de estrutura nuclear, que se define segundo
Szymanki (2003) família composta por pai, mãe e filhos, cujas suas relações tem com base a hierarquia e subordinação, com a figura masculina no topo e relações entre
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O presente artigo refere-se ao Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Departamento de
Serviço Social, para obtenção do título de Bacharel em Serviço Social, orientado pela Professora Ms.
Daniela Castamann, sob o título: “Um Estudo sobre a Construção Social das Famílias Homoafetivas,” da
Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana (FECEA).Apucarana, 2008.
Mestre em Serviço Social e Política Social. Docente do Curso de Serviço Social, da Faculdade
Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana (FECEA), Orientadora do Trabalho de Conclusão de
Curso (TCC). Rua Ponta Grossa,