Proteina p53

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Nos últimos anos foram descobertas técnicas que auxiliaram a definir os mecanismos moleculares e as estruturas responsáveis por processos celulares complexos, como o Câncer que está relacionado a mais de cem doenças. Uma das características em comum é o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo. Há uma hipótese de que o mesmo mecanismo molecular que desencadeia a doença conhecida como “mal da vaca louca”, também desencadeia o câncer. O surgimento é o mesmo, enovelamento anormal de uma proteína, no caso do câncer a p53, em que as proteínas não funcionam corretamente, e sim assumem outras funções. A falha no enovelamento causa a capacidade de se autopropagar e infectar outras células.
É difícil combater o mal causado pelas proteínas defeituosas, pois elas possuem uma estrutura mais estável e criam longas fibras tóxicas para os neurônios. A p53 ainda está sendo estudada, hipótese de que ela pode passar de uma célula para outra, conta o bioquímico Jerson Lima da Silva.
Os pesquisadores dizem que as versões defeituosas da p53 têm ação prionoide, elas podem induzir a remodelagem das proteínas saudáveis, fazendo-as perder sua função original. Analisaram amostras de tumores de mama de 88 mulheres e verificaram que na maioria dos casos havia agregados formados por moléculas defeituosas da p53, semelhantes aos agregados amiloides das doenças causadas por príon. Quase sempre as proteínas deformadas haviam sido geradas em decorrência de pequenas alterações no gene TP53, que contém a receita para a produção dessa proteína. Foi a primeira vez que se encontrou fibras de p53 em células tumorais. Mas não era suficiente para demonstrar que a proteína alterada podia disparar a deformação das proteínas saudáveis. Ocorreram testes para identificar as condições em que a p53 – tanto sua versão saudável quanto a deformada – gerava os agregados. Então foi medido o tempo que levava para as fibras surgirem e a

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