Progressão discursiva

PROGRESSÃO DISCURSIVA

1. Este é o homem.
2. Este é o inimigo do homem.
3. A primeira arma: a pedra.
4. A funda tornou a pedra obsoleta.
5. A flecha tornou a pedra e a funda obsoletas.
6. O avião tornou a pedra, a funda, a flecha e o canhão obsoletos. 7. O foguete balístico tornou a pedra, a funda, a flecha, o canhão e o avião obsoletos.
8. A bomba H tornou a pedra, a funda, a flecha, o canhão, o avião, o foguete balístico e o homem obsoletos.

a) Estou começando a me sentir vazia, pálida, desesperançosa e oca. O vazio me invade e sinto um tremendo vazio dentro de mim.
b) Hoje é o dia mais feliz da minha vida, pois é o dia do meu aniversário de 18 anos. É o dia da minha maioridade. Porque estou completando 18 anos estou super alegre e muito contente. Estou felicíssima mesmo.

Dois textos circulares, repetem várias vezes a mesma ideia.
Quando se fala das qualidades de um bom texto, sempre se faz referência à sua UNIDADE. Texto sem unidade não é texto, mas um aglomerado de frases desencontradas.
O que garante sua unidade, sua coerência é a relação adequada que se estabelece entre as partes. Unidade não significa repetição ou redundância de ideias. Uma estrutura não se monta pela repetição de partes iguais, mas pela combinação de partes diferentes. Uma estrutura não se constrói pela repetição de segmentos com o mesmo significado.
A construção de um texto pressupõe-se que cada segmento que ocorre deve ir acrescentando informações novas aos enunciados anteriores. A redundância viciosa, isto é, aquela que não traz nada de novo, contraria o princípio da progressão discursiva. A repetição desqualifica o texto, pois revela falta de reflexão e de domínio sobre o que está sendo dito, além de pobreza de ideais. Num texto, uma ideia deve suceder a outra.
A repetição, sem dúvida, pode ser utilizada como um expediente de expressividade, sobretudo para enfatizar uma ideia que se quer destacar. Na linguagem das crianças,