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Entretanto, a possibilidade de uso dos novos recursos se mescla com ideias como inteligência coletiva e trabalho colaborativo: “nos dias atuais, ao falarmos de criação temos que nos desvencilhar da visão romântica de um agente único (o ‘criador’) no processo de criação e produção de sua obra” (Moura, 2003: p. 123). O que Mônica parece dizer, e nisso estão de acordo diversos estudiosos (ver Pierre Lévy, André Lemos, Arlindo Machado e Priscila Arantes), é que as atuais obras artísticas já não pertencem exclusivamente a um único autor. Na web, projetos como a Wikipédia e redes sociais como Orkut e Facebook, colocam a colaboração à prova a cada segundo. O design digital não poderia ser diferente.
A importância da participação humana no processo de criação, uma vez que as máquinas e ferramentas, sozinhas, nada poderiam criar ou produzir artisticamente e linguisticamente. A criação em arte é, hoje, a principal força do design. Ela permite uma visão mais subjetiva e aberta às sensações e emoções. A criação em design, por outro lado, trabalha num universo mais objetivo, procurando uma solução através do emprego de um projeto planejado.
O bom projeto em design digital ou de hipermídia apresenta-se como um processo no qual são estabelecidas interrelações entre as diversas mídias e não há dominação de um meio ou de uma única linguagem, mas passa a existir uma nova e diferente linguagem a partir da associação e das referências utilizadas, apresentadas através de um eixo inicial ou de uma página de