Professor-aluno: duas faces da mesma moeda

PROFESSOR-ALUNO: DUAS FACES DE UMA MESMA MOEDA

Aldenora Resende dos Santos Neta

1 INTRODUÇÃO

Nas duas últimas décadas tem ocorrido, no Brasil, um crescimento em investimentos na qualificação dos docentes, tanto na formação inicial, quanto na formação em serviço, considerando, dessa maneira, que faz parte dos grandes desafios das Políticas e Programas Educacionais voltados para a Educação Básica, dentre outros aspectos, a contribuição do trabalho docente para a superação do fracasso e das desigualdades escolares.
Desse modo, os debates sobre a formação dos professores nas políticas educacionais nunca estiveram em tanta evidência, decorrendo tal protagonismo da centralização atribuída à educação para o mecanismo de desenvolvimento dos países capitalistas, como a exigência na elevação da qualidade do ensino, o discurso da “educação como um fator de inclusão social” e devido à amplitude dos problemas socioeducacionais da contemporaneidade. Em razão disso, Saviani reflete que:
As necessidades sociais, ao serem levadas em conta, sempre são analisadas sob o crivo da relação custo-benefício. (...) E o Estado, submetido a essa mesma lógica, tenderá atrofiar a política social subordinando-a, em qualquer circunstância, aos ditames da política econômica. Esta aí a raiz das dificuldades por que passa a política educacional. As medidas do governo, ainda que partam de necessidades reais e respondam com alguma competência a essas necessidades, padecem de uma incapacidade congênita de resolvê-las.

Com efeito, pode-se mencionar, também, a utilização da educação no intuito de assegurar os avanços científicos e tecnológicos necessários para o crescimento econômico dos países. A formação de professor em nível superior passa a ser uma exigência mundial, marcada, sobretudo, pela globalização, bem como pela sociedade do conhecimento, da informação e da comunicação. A esse propósito, Lauande afirma que a distribuição desigual de conhecimento gera um desequilíbrio global de