Primo Basílio

O Primo Basílio – Luisa ( analise da personagem)
De seu nome completo Luisa Mendonça de Brito Carvalho, era loura, perfil bonito, com uma pele branca e uma cabeça pequenina.
Enquanto solteira vivia na baixa lisboeta onde namorava o seu primo, Basílio.
Casa-se com Jorge pois Basílio emigrara para o Brasil e Luisa esquecera-o. Jorge proporciona-lhe uma existência tranquila e aparentemente feliz.
Lia muitos romances para passar o tempo.
Quando o marido vai para o Alentejo, em trabalho, por altura do retorno de Basílio a Lisboa, Luisa não resiste a este conquistador nato e envolve-se com ele.
Quando Jorge descobre a sua traição (já Basílio tinha partido para Paris) Luisa adoece e, apesar de Jorge a perdoar, morre.
Luisa é, assim, uma burguesa sentimental, desocupada e fútil, vítima das suas leituras, da ociosidade e da baixeza moral do primo.
Luísa cometera o crime do adultério e, de certa forma, o pecado da luxúria.
Por essa dupla culpa foi punida com rigor. Mesmo desfrutando os prazeres da carne com Basílio no Paraíso, nunca foi verdadeiramente feliz porque se decepcionara com o amante. Após a partida de Basílio, começa o sofrimento físico da heroína que ficara à mercê de Juliana, uma empregada frustrada e vingativa.
A vida de Luísa transforma-se num inferno de canseiras, trabalhos e humilhações. Seu sofrimento psicológico também é constante, pois teme ser denunciada a Jorge. Além disso, sofre com pesadelos, o que não lhe permite ter paz nem mesmo dormindo. Vejamos a seguir um comentário de como nasce uma personagem:
Como um bruxo que vai dosando porções que se misturam num mágico caldeirão, o escritor recorre aos artifícios oferecidos por um código a fim de engendrar suas criaturas. Quer elas sejam tiradas de sua vivência real ou imaginária. Quer elas sejam tiradas de sua vivência real ou imaginária, dos sonhos, dos pesadelos ou das mesquinharias do cotidiano, a materialidade desses seres só pode ser atingidas através de um jogo de