Primeira Guerra Mundial - Resenha

Primeira Guerra Mundial: um confronto selvagem entre racionais
O fato de a Grande Guerra ser antecedida por um período conhecido como “Belle Époque” chega a ser irônico. Essa época não só ficou conhecida pela paz e segurança vividas pelos europeus, mas também por trazer prosperidade, principalmente para as classes ricas, já que grande parte da Europa dominava os continentes africano e asiático, além de exercer forte influência econômica na América. Contudo, essa época de ouro foi tendo o seu fim marcado por conturbações que comprometiam as relações diplomáticas entre os países europeus e que derivaram a um conflito capaz de atingir o mundo todo, seja direta ou indiretamente.
Como precedentes da guerra, têm-se a questão das disputas por áreas coloniais na África e na Ásia. França e Inglaterra já haviam dominado grande parte dessas áreas e, obviamente, não queriam partilhar as mesmas com os demais países europeus, os quais ficaram indignados com tal atitude. Paralelo a isso, a Alemanha investia no desenvolvimento bélico, promovendo a “Paz Armada”, com a desculpa de que ao verem uma nação fortemente armada, as demais não ousariam em atacar. Ironicamente, as demais nações passaram a desenvolver mais armamentos com receio de serem atacadas pelos países fortes na área bélica.
Os países da Europa já estavam bem equipados e tinham motivos suficientes para iniciar uma guerra, a qual teve o seu estopim na morte do arquiduque austríaco F. Ferdinando. A Sérvia tinha o objetivo de expandir seu território, tomando posse da Bósnia-Herzegovina, que, no entanto, foi anexada ao Império Austro-Húngaro. Muitos sérvios ficaram revoltados com isso, especialmente a organização terrorista “Mão Negra”, que expressou sua indignação ordenando que um aliado, o qual estudava na Bósnia, assassinasse o arquiduque.
Após isso, os austríacos fizeram uma série de exigências à Sérvia, que se recusou a cumpri-las, visto que os sérvios estavam sob a proteção dos russos, pois ambos eram de origem