Precursores da enfermagem
Na época de Florence Nightingale e Ana Nery, percursoras de Enfermagem Moderna e da Enfermagem no Brasil, respectivamente, os cuidados com os doentes eram diferentes dos cuidados hoje realizados. Em um primeiro momento a contribuição de Florence Nightingale, que viveu na segunda metade do século XIX, na Inglaterra vitoriana, rainha dos mares, moralista e industrial, imperiosa e progressista. Sua atuação se insere no clima de otimismo, então vigente entre os de sua categoria, em decorrência da evolução industrial. Porém, o capitalismo industrial ao impor uma completa modificação na estrutura de classes sociais, nos modos de vida, nas concepções politicas e nas estruturas mentais, ao mesmo tempo agravara as condições de existência da maior parte do povo. (Castro, 1989, in: Nightingale 1859/1989, p.3). Na saúde, a corrente dominante era a Hipocrática, a qual era enfocada como requerendo um estado de equilíbrio entre influências ambientais, modos de vida e os vários componentes da natureza humana. Hipócrates não se preocupava apenas com o fisico do paciente, mas também com as perturbações mentais que até hoje ainda ocorrem. No que se refere à cura, ele reconheceu as forças curativas inerentes ao ser humano, as quais denominou “poder curativo da natureza' (Capra, 1982). A tradição Hipocrática, com sua ênfase na inter- relação' fundamental corpo, mente e meio ambiente procurava ver o ser humano em sua totalidade.Com a revolução industrial surge na Europa, iniciando na Inglaterra, uma realidade sanitária diversa da existente até então. Surgem também várias interpretações do processo saúde- doença, que viam nas contradições do capitalismo seu maior determinante. Engels e Wirchow apreenderam muito bem o inter-relacionamento saúde-sociedade. Wirchow viu a doença como resultante das inadequações da estrutura urbana que poderiam ser corrigidas por legislação sanitária adequada; e, Engels, como resultado da contradição do