precisamos falar sobre kevin

A vivência da maternidade e os sentimentos ambivalentes caminham lado a lado, sobretudo nos primeiros tempos da relação mãe-bebê. O modo como a mãe acalenta o filho, o modo como o alimenta e o cuida, tem um enorme e profundo significado na vida do ser humano.
As primeiras impressões de personalidade em desenvolvimento nascem justamente neste contexto do contato com a mãe, os laços entre mãe e filho são extremamente importantes.
A ruptura do vinculo afetivo acarreta uma fragmentação do ser, gerando enormes consequências para a saúde mental da criança. O afeto, o toque, o carinho, o vinculo materno são essenciais para a formação da personalidade e desenvolvimento tanto físico quanto psíquico do sujeito.
A falta do vinculo materno pode acarretar distúrbios emocionais que prejudicara o sujeito na vida familiar e no convívio social.
Eva Khatchadourian é um exemplo de mãe que não construiu com seu filho um vinculo. Desde a gestação a mesma mostrou-se pouco a vontade com a maternidade.
Cena: onde Eva se encontra em um local com outras grávidas, todas interagindo uma com as outras, enquanto Eva mostra-se apática e extremamente infeliz.
Após o nascimento do bebê, Eva encara o filho como uma fonte de estresse.
Cena: após o parto não esboça nenhum traço de sentimento após a chegada do filho.
Eva não sabe tranquilizar o filho, parece não saber atender as necessidades do bebê.
Cena: onde o bebê chora incessantemente e Eva distancia-se literalmente o filho de si.
A pouca ou nenhuma interação com o filho, é distante afetivamente ao longo do filme.
Após o crime, Eva faz um balanço do seu papel de mãe, onde sente muita culpa, pela criação de seu filho.
Tentando se reconstituir Eva vivi um isolamento social, não por sua vontade, as pessoas a excluem e a culpam pelo crime do filho. A mesma tenta interagir, mas as pessoas a ignoram.
Cena: Tenta ser gentil com os colegas de trabalho, mas os mesmos são distantes.
Eva é uma mulher triste, atormentada pelas lembranças