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Identidade nacional - Século XIX

O romantismo no Brasil teve como marco inicial dois acontecimentos o lançamento da revista Niterói e a morte de Castro Alves.
Neste período não foi apenas mais um momento na literatura brasileira. Trata-se do período mais importante da tomada de consciência da nossa particularidade que não podíamos mais continuar ser considerados “europeus” ou portugueses tal qual faziam os colonos no tempo do domínio português.
Quem éramos então? O que era ser brasileiro? O que deveria ser o brasileiro? Que parentesco tínhamos o indígena? Eram estas perguntas que deixava inquietos os homens cultos da época.
A independência politica no pais, em 1822, com a ruptura dos laços coloniais com Portugal e a organização de uma nação independente, tinha sido o fato mais decisivo para a emergência de uma consciência nacional.
A cultura geral da época, romântica por excelência, estava voltada, por um lado, para a valorização das particularidades, com a terra natal, as características regionais e a afirmação nacional: por outro, para critica da civilização urbano-burguesa europeia. Disso resultava a valorização do novo mundo, cujas populações indígenas, vivendo em grandes espaços de florestas selvagens, eram idealizadas e vistas com bons olhos. Era mais importante afirmar-se como brasileiros e autônomos possuidores de uma nacionalidade própria; o que coincidia com acontecimentos na Europa, onde cada nação procurava afirma-se nas suas particularidades e ressaltar o que tinha culturalmente característico. No Brasil o indígena americano não era mais visto como bárbaro selvagem, mas como o homem natural, puro, ainda não corrompido pelos maus costumes da civilização. Além do indígena, o pais era valorizado ainda pela forte presença do “mundo natural”, grandes extensões de prados, rios e florestas, em oposição ao ambiente essencialmente urbano que começava a caracterizar os países europeus adiantados. Além disso, as grandes florestas e extensões ainda não