Portfólio de Técnica Operatória

2 – História da Cirurgia e Anestesiologia

A Cirurgia é o ramo da Medicina que se propõe a curar pelas mãos (Do grego: kheirurgia (kheiros, mão e ergon, obra, e do latim: chirurgia). É considerada ciência e arte. Como ciência, tem renovação dinâmica e constante de conceitos em função da sua própria evolução. Como arte exige um aprendizado manual paciente e bem conduzido. É aprendida mais facilmente por aqueles que nascem com vocação e aptidão específicas, como acontece com todas as artes. A História da Cirurgia é dividida em quatro grandes eras: Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna ou Renascença e Idade Comtemporânea. Porém, mesmo na pré-história, já há registro de certos procedimentos, como as trepanações.

Idade Antiga

Foram relatadas cirurgias nos corpos exumados de tumbas de faraós em Saqquarah, provavelmente mortos em 2500 a.C.. Os papiros de Ebers e Edwin Smith, do século XVI A.C., trouxeram informações e foram os primeiros textos sobre cirurgia de que se tem notícia em todo o mundo. O papiro cirúrgico de Edwin Smith é um dos mais importantes documentos da medicina antiga. Foi escrito por volta de 1700 a.C., mas a maioria de suas informações é baseada em textos escritos na época de Imhotep (2640 a.C.), um famoso cirurgião. O papiro se refere, principalmente, às feridas e a como tratá-las.
Na Índia, no século IV a.C., houve um desenvolvimento grande da cirurgia plástica, principalmente das rinoplastias, dado que os prisioneiros de guerra e os adúlteros eram punidos com a amputação do nariz, cuja reconstrução era feita à custa de retalhos da testa. Susruta foi o grande cirurgião indiano da época.
Entre 460 e 377 a.C. foi formulado o Juramento de Hipócrates. Sob essa influência, cirurgiões respeitáveis, educados, não poderiam utilizar bisturis e cortar pacientes para a retirada de cálculos. Essas tarefas eram consideradas selvagens, ficavam para artesãos menos educados.

Idade Média

O cirurgião bizantino Paulo de Egina, escreveu um breviário