Polímeros Sintéticos

2816 palavras 12 páginas
SERES HUMANOS COMO COBAIAS (INÍCIO)

Eram 400 homens doentes, todos negros. Mas, para os cientistas que os observavam, eles valiam apenas como cobaias de laboratório. Os pesquisadores sabiam qual era a doença deles. Depois de algum tempo, sabiam como curá-la. Apesar disso, negavam-se a dar o tratamento. Apenas registravam metodicamente a piora nas condições de saúde dos doentes. Enquanto isso, os homens morriam, um a um.
Coisa de campo de concentração nazista? Não exatamente. A pesquisa com 400 portadores de sífilis foi feita em Tuskegee, Alabama, Estados Unidos. Terminou em 1972, com uma denúncia da própria comunidade científica, depois de se arrastar por quatro décadas. A penicilina era indicada como tratamento básico para a sífilis desde 1943. Em 1997, o então presidente Bill Clinton pediu desculpas àquela comunidade do Alabama. O Estudo de Sífilis de Tuskegee rendeu grande parte das informações que temos hoje sobre a doença, mas é consenso que foi um grande erro. Entrou para a história como exemplo de tudo que não se deve fazer em experiências médicas com seres humanos. Isso não quer dizer que as experiências com gente tenham sido abandonadas. Claro que não, nem se pensa nisso. Na verdade, elas são cada vez mais comuns, em um número crescente de países. Da próxima vez que for ao médico, você pode até ser convidado a participar de uma.

Homens ou ratos?

Afinal de contas, por que usar pessoas para entender doenças e testar remédios cujos efeitos nem conhecemos? E como garantir que os experimentos sejam seguros? A primeira pergunta é fácil de responder. A segunda, não.
Usam-se pessoas em pesquisa médica porque nossa tecnologia não é boa o bastante para dispensá-las – e talvez nunca venha a ser. Todos os testes existentes – em laboratório, em animais, em simulações por computador – são incapazes de dizer com precisão como agirá uma droga no corpo do Homo sapiens. “Não temos como simular todos os

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