Politica

As grandes transformações econômicas, políticas e sociais que ocorreram na Europa no século XIX foram acompanhadas por teorias que buscavam condenar ou reformar a ordem capitalista burguesa. Com a industrialização e o êxodo rural, iniciou-se o predomínio de latifúndios no campo e de fábricas nas cidades, onde um grande número de pessoas era miserável e os operários das fábricas não possuíam o amparo de nenhuma legislação trabalhista. Devido a esse contexto, a Inglaterra adquiria uma nova configuração social.
O descontentamento com tal configuração crescia na medida em que problemas – como a fome e a mecanização do trabalho – assolavam a população. Por esse motivo surgiram as primeiras organizações trabalhistas, que buscavam organizar as lutas das classes operárias que trariam como consequência reformulações sociais para a criação de um mundo mais justo. Esse objetivo era compartilhado por Karl Marx.
Marx acreditava que as condições econômicas e a luta de classes são agentes transformadores da sociedade. A libertação proletariado perante a exploração industrial e o surgimento de uma sociedade sem classes seriam alcançados pela união da classe trabalhadora organizada em torno de um partido revolucionário.
Rigorosamente contra o capitalismo e a burguesia, ele considerava indispensável a organização e ação política da classe operária através de uma revolução socialista, pois assim surgiria uma nova sociedade: o controle do Estado pela Ditadura do Proletariado. Assim, ocorreria a socialização dos meios de produção, eliminando a propriedade privada. Como passo posterior a todo esse caminho, Marx propõe a chegada ao comunismo, representando o fim de toda e qualquer desigualdade socioeconômica, incluindo a dissolução do Estado.
Em outra via temos John Stuart Mill. Ele esteve inserido no cenário interno da Inglaterra do século XIX, época e lugar em que ocorre a emergência da classe operária e da nova burguesia urbana, ambas, fruto da revolução industrial. Dentro